Relembro a carvoeira dita de Provay, apelido do seu inventor principal de que falámos aqui, com uma foto nova presumo que dos anos 30:
Na FOTO 1 vê-se pela primeira vez um vagão dentro dos volantes do equipamento de descarga a rodar para a direita e ainda com muito carvão sem ter sido vazado, quer dizer o ângulo de inclinação do vagão nesse momento não seria ainda suficiente para vencer a inércia ao deslocamento do minério.
Do livro "A Engenharia Portuguesa na Moderna Obra de Colonização" do Eng. Lopes Galvão publicado em 1940 retiro que (adaptado) "o dispositivo consistia num cilindro rotativo onde entravam vagões de qualquer tipo e capacidade sendo nele imobilizados. O cilindro, provido de motor eléctrico, roda sobre o eixo e despeja o carvão para dentro duma tremonha em betão (construída abaixo do nivel do solo)". Desta tremonha o carvão passava para contentores que subiam por intermédio de duas torres elevatórias e despejavam o carvão em grandes baldes. Estes que se vêm ao alto das torres e que tinham fundo móvel vazavam o carvão para o porão do navio (tentando-se reduzir com esse método as quebras no minério).
O Eng. Galvão disse que Costa Serrão foi o inventor do grande balde de fundo móvel mas dado ter trabalhado com Provay deu licença a Provay para que este patenteasse o conjunto do balde com o equipamento da descarga.
Ao centro esquerda da FOTO 1, entre a rampa da torre mais a nascente = a da esquerda da carvoeira e um edifício, vê-se o guindaste de 60 toneladas que guiava os grandes baldes para o porão dos navios.
Do livro "A Engenharia Portuguesa na Moderna Obra de Colonização" do Eng. Lopes Galvão publicado em 1940 retiro que (adaptado) "o dispositivo consistia num cilindro rotativo onde entravam vagões de qualquer tipo e capacidade sendo nele imobilizados. O cilindro, provido de motor eléctrico, roda sobre o eixo e despeja o carvão para dentro duma tremonha em betão (construída abaixo do nivel do solo)". Desta tremonha o carvão passava para contentores que subiam por intermédio de duas torres elevatórias e despejavam o carvão em grandes baldes. Estes que se vêm ao alto das torres e que tinham fundo móvel vazavam o carvão para o porão do navio (tentando-se reduzir com esse método as quebras no minério).
O Eng. Galvão disse que Costa Serrão foi o inventor do grande balde de fundo móvel mas dado ter trabalhado com Provay deu licença a Provay para que este patenteasse o conjunto do balde com o equipamento da descarga.
Ao centro esquerda da FOTO 1, entre a rampa da torre mais a nascente = a da esquerda da carvoeira e um edifício, vê-se o guindaste de 60 toneladas que guiava os grandes baldes para o porão dos navios.
Podemos ver esse guindaste a seguir noutra actividade em foto mostrando o tabuleiro (plataforma) do cais para o lado poente = montante do estuário:
FOTO 2
Guindaste no tabuleiro da ponte-cais com a carvoeira Provay para poente |
Segue-se vista mais distante da instalação da carvoeira Provay com as duas torres e o equipamento de descarga dos vagões do lado das linhas férreas:
FOTO 4
Vermelho: armazéns frigoríficos
Linha azul clara: limite a oeste do aterro pré 1945 Linha azul médio: limite de aterro feito até 1955 junto aos armazéns frigoríficos Verde normal: transportadora dos silos de açúcar instalados em 1967
Círculo verde escuro: carvoeira Mac Miller, a que funcionou até mais tarde
Laranja: equipamento de descarga dos vagões da carvoeira Provay |
Vê-se então que o equipamento de descarga dos vagões da carvoeira Provay ao tempo desta FOTO 4 tinha sido deslocado da posição inicial pelo que a carvoeira tinha sido desactivada.
Quanto aos armazéns frigoríficos inicialmente tinham tido dois volumes encostados mas vê-se na que tendo sido feito o aterro da enseada de estuário para o lado direito = norte tinha sido possível instalar mais dois volumes, totalizando quatro.
Escreveu ainda o Eng. Galvão sobre as carvoeiras (adaptado) que "para o embarque do carvão existem duas carvoeiras:
- uma do sistema Mac-Miller, capaz de elevar e despejar nos porões dos navios, por meio de tremonha adequada, vagões cuja capacidade vai até 60 toneladas;
- outra constituída por duas torres elevatórias que recebem automáticamente por inversão dum ciIindro rotativo, da patente Serrão-Provay, em que o carvão depois de elevado entra no porão dos navios por meio de baldes de vasar pelo fundo.
- outra constituída por duas torres elevatórias que recebem automáticamente por inversão dum ciIindro rotativo, da patente Serrão-Provay, em que o carvão depois de elevado entra no porão dos navios por meio de baldes de vasar pelo fundo.
A primeira carvoeira mete nos navios 400 toneladas por hora; a segunda pode meter 600 toneladas. O porto tem assim uma capacidade de exportação de carvão de cerca de 7 milhões de toneladas por ano em trabalho contínuo."
Estas quantidades nâo são exactamente as que tinhas referido antes mas ...
Estas quantidades nâo são exactamente as que tinhas referido antes mas ...
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