Jardim botânico, actual Tunduru: muros antigos a sul (45/)

Continuamos a série sobre a vedação do jardim botânico Vasco da Gama de Lourenço Marques, actual Tunduru de Maputo abordando o muro do lado sul até à actualidade.
Primeiro a vedação do jardim no seu limite a sul com a Av. Manganhela, antiga Álvares Cabral.
FOTO 1
Sebe e topo das colunas do muro de vedação a sul do jardim 
em vista para sudeste perto do lago maior
No quarteirão diametralmente oposto ao do jardim vê-se o prédio 33. Este caminho parece ser o que ladeia o lago maior pelo lado sul (aqui nas FOTOS 3 pela direita) por isso ou neste preciso local ou imediatamente para trás foram recentemente construidos edifícios que implicaram a destruição de parte deste muro e da entrada que por aqui havia desde cerca de 1900 como tinhamos visto aqui. Esta foto está então provávelmente desactualizada.
Relembro agora foto muito antiga da cidade com terreno livre em primeiro plano (de antigo pântano), depois a Av. Álvares Cabral, actual Manganhela passando da esquerda para a direita da imagem, depois o muro a sul do jardim e ao fundo dela e ao alto da encosta vendo-se o telhado piramidal da Igreja Paroquial indicando quase até onde ia o jardim para norte.


FOTO 2
Vista do muro a sul do jardim ladeando a Av. Álvares Cabral, actual Manganhela
Noto que na FOTO 2 o muro aparece como se estivesse suspenso acima da copas das árvores plantadas no passeio do lado sul da nova avenida. 


PLANTA da cidade dos anos 40
Verde: entrada a sul do jardim pela Av. Manganhela
Rectângulo azul: posição de chafariz de cerca de 1892
Azul escuro a norte: igreja paroquial
Carmesim: coreto ao centro do jardim
Traços violeta: única vista possível para a FOTO 2 (ver em baixo)
Amarelo: a parte do muro que se vê na FOTO 2
Como na FOTO 2 se vê o muro sem interrupções não aparecendo na imagem nem o chafariz (que ficaria mais para a esquerda da foto) nem a entrada a sul do jardim (que ficaria mais para a direita dela) e atendendo às posições do coreto e da igreja, os traços violeta seriam a única vista possível para a FOTO 2. Esta teria assim sido tirada da traseira do edifício actual da estação central dos Correios que foi construído em 1904-1905. Por isso a FOTO 2 seria dessa altura ou posterior o que está de acordo com o que se observa. É um tanto estranho que o fotógrafo se tenha esforçado em não captar esses elementos do jardim mas ...
Noto também que ele evitou mostrar as traseiras dos armazéns das Obras Públicas que estariam para a sua direita e que existiam há alguns anos. Podia-se vê-los aqui à direita de foto de cerca de 1895 tirada da barreira da Maxaquene para a Baixa, nessa altura ainda sem os Correios actuais donde a FOTO 2 foi tirada. 
Noto também que na FOTO 2 não se via, pelo menos claramente, o lagos ou lagos que terão existido anos antes por ai e que que falámos aqui.

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